terça-feira, 25 de outubro de 2011

Caminhos da Senhora da Graça 30/10/2011

No próximo dia 30 de Outubro de 2011 será efectuado o PR1 da rede de percursos pedestres de Mondim de Bastos designado por “Caminhos da Senhora da Graça”.

De acordo com o site da Câmara Municipal, “percebendo a importância dos percursos como valioso património na percepção da história dos povos e do conhecimento da paisagem, o antiquíssimo caminho percorrido pelos romeiros foi alvo da atenção do Posto de Turismo e dos Serviços Municipais que promoveram o seu levantamento, limpeza, sinalização, interpretação e edição de uma brochura histórica e descritiva”.

Conforme o panfleto editado, “este percurso pretende dar a conhecer um caminho muito antigo que ainda hoje é utilizado pelos peregrinos para chegar ao alto do Monte Farinha, local de grande devoção e de grande espiritualidade”.

É um percurso de grande valor histórico-cultural, cujo traçado original em nada foi alterado e que continua a ter o mesmo significado que teve no passado como caminho de peregrinação.

Desde que o antigo caminho foi recuperado, muitas organizações e amantes do pedestrianismo subiram ao monte acompanhados da brochura recentemente editada.

O PR1 “Caminhos da Senhora da Graça” é o primeiro de uma série de percursos pedestres que dão acesso ao alto do Monte Farinha, que se pretendem igualmente sinalizar.

Marcamos a actividade para as 10:00 da manhã do dia 30 de Outubro em Mondim de Bastos nas seguintes coordenadas:
41°24'37.41"N (latitude) e 7°57'5.67"W (longitude).

O percurso apresenta uma extensão de aproximadamente 15 km, e um grau de dificuldade médio, sendo recomendável para iniciantes ao “trekking”. No entanto, não se esqueçam de levar comida, água, impermeável, chapéu e calçado confortável.

Para participar envia um e-mail de confirmação para evasaoverde@gmail.com.

Para obteres mais informação sobre o percurso clica aqui.

domingo, 16 de outubro de 2011

Rota de Manhouce | Fotos

O Outono caminha quente e seco rumo ao frio.

Manhouce e os povoados vizinhos revelaram-se numa paisagem repleta de vinhas por podar: os cachos de uvas maduras, fermentadas nas próprias vinhas reflectem um abandono das lides da terra, que se pode também sentir nas escolas fechadas, sozinhas em aldeias antigas, vigiadas por cães velhos e arvores repletas de castanhas e figos maduros por colher.

O trilho apresentou-se diversificado, repleto de elementos rústicos, emoldurados por uma paisagem composta por pedras graníticas arredondadas nos pontos mais altos, e áreas arborizadas onde os Quercus espreitam entre pinheiros, ladeando cursos fluviais que aguardam pelas águas serranas que tardam chegar às encostas ressequidas das montanhas.

Aromas doces, caminhos romanos fragmentados entre linhas de alcatrão e betão, casas antigas e velhas quintas, foram elementos que acompanharam um percurso interessante, por vezes enegrecido por extensas áreas ardidas, que rejuvenescem lentamente ao ritmo das estações e dos “desejos” dos povos que perspectivam o ordenamento da paisagem.

Esse ordenamento, muitas vezes desordenado, faz com que o trilho apresente sérios problemas de sinalização, sendo bastante difícil efectua-lo sem a preciosa ajuda de um equipamento GPS. Durante o percurso tivemos de abrir diversos portões, e levantar troncos que aparentemente bloqueavam o percurso para manter os animais cativos em áreas confinadas (segundo o que nos foi comunicado por uma aldeã, habitante de uma pequena povoação próxima de Manhouce).

O que é certo é que tivemos de atravessar uma quinta aparentemente abandonada, passando uma "cerca estranha", para podermos alcançar o trilho, sem o auxílio de sinalização coerente. A carência de sinalização, segundo um cidadão local que encontramos num “tasco” no inicio da caminhada, deve-se ao “abate de alguns pinheiros”, o que resultou na perda das preciosas marcas que definem o trilho.

Resolvemos as situações dúbias e efectuamos o trilho com sucesso. No entanto fica a nota, que é urgente re-sinalizar “A rota de Manhouce” para garantir que todos aqueles que desejam conhecer os magníficos atributos paisagísticos dos percursos pedestres de São Pedro do Sul podem faze-lo com conforto e segurança, recorrendo apenas ao panfleto do trilho e às marcas que supostamente deviam ter orientado a nossa caminhada.

Abandono e esperança, morte e regeneração, pedras e betão ingenuamente colocado nas frestas de muros e barracos para fins incertos, fragmentos de uma memória agrícola entre ribeiros e montes antigos, maltratados pela mão do homem e pela demora de uma estação preguiçosa que tarda chegar com a sua preciosa água regeneradora que a paisagem anseia veementemente, são impressões que ficam e registamos aqui pensando ser úteis para aqueles que desejam calcar esta terra que tanto tem a oferecer.

Passo a passo, em pedras trementes vacilantes, olhamos em busca de limites vagos na distância. Surpresas em cada momento, que por serem breves e preciosas, ficam suspensas na memória, incentivando-nos a novos caminhos que se avizinham.

domingo, 9 de outubro de 2011

Rota de Manhouce 16/10/2011

No próximo dia 16 de Outubro de 2011 será efectuado o PR1 da rede de percursos pedestres de São Pedro do Sul designado por a “Rota de Manhouce”.

De acordo com o blog “Sozinho entre a Multidão”,

«… o percurso começa em Manhouce, aldeia situada em plena serra da Gralheira. Em tempos remotos esta serra era atravessada pela grande estrada romana que ligava Viseu ao Porto, situando-se sensivelmente a meio caminho, sendo um lugar obrigatório de passagem.

Na Ribeira de Manhouce passam duas pontes, uma romana com o seu típico arco em pedra, outra já do nosso tempo de betão. Cascatas a montante e a jusante, som da água a correr por todo o lado, e para acabar uma água límpida onde se vê o fundo.

O relevo nesta zona é acentuado o que faz a água passar por uma série de cascatas. E como em todas as zonas com água e desníveis, existem moinhos. A partir daqui é sempre a subir uma série de quilómetros, passando pela Quinta das Uchas, quinta restaurada, onde os seus telhados de xisto e paredes de pedra fazem com que se confundam com a paisagem, realçando os campos verdes à sua volta.

Próxima passagem por uma local chamado Alagoa, com um parque de merendas onde bétulas e castanheiros dão sombra ao local.

A próxima terra que se encontra é Gestozinho, e finalmente começa a descer. É o ponto mais alto do percurso e a vegetação é diferente do que no inicio. Nos terrenos já não existem tantas árvores mas mais vegetação rasteira, mais árida, típica de uma zona que se aproxima dos 1000 m. Mas existe muita água por aqui. Nestas zonas, uma espécie de relva bem cortada cobre o chão, as rochas estão praticamente cobertas de musgo, e passa-se pouco tempo sem ouvir água a correr e mesmo sem ser obrigado a molhar as botas, para continuar o caminho. (...)

Começa-se a descer em direcção a uma terra que o nome difere entre que está no folheto do percurso e o que está na carta militar (Bondança e Abundância, respectivamente). (...) Até a aldeia de Salgueiro, o percurso faz-se em grande parte por entre muros estreitos, por vezes com grande lajes, e uma ou outra ponte de pedra. Fazem-me lembrar caminhos romanos pelas suas dimensões. A água continua teimosamente a invadir o percurso, o que faz ouvir-se um chapinhar constante. Por entre muros, vacas castanhas de grandes chifres, típicas desta região, pastam lentamente e ao mínimo movimento o badalo que trazem ao pescoço avisa da sua presença.

Passo mais uma ponte de pedra, a montante um espelho de água e uma pequena cascata.
No Lagoal (...) encontro uma casa em pedra, desde o alpendre até a passagem para a casa ao lado pelo 1º andar. Infelizmente está abandonada. Mas todo o espírito do local está lá. Grandes blocos de pedra, degraus gastos pelo tempo, musgo a cobrir as pedras.

Uma curiosidade em Manhouce, terra onde começa e acaba o percurso: praticamente todas casas têm um nome, escrito sobre uma placa de xisto e colocada a porta ou portão. Também nas ruas, a tradicional pedra mármore branca com o seu nome, foi substituída pelo xisto e letras brancas.»

Motivados por estas palavras (gratos ao “Sozinho entre a Multidão”) marcamos a actividade para as 09:00 da manhã do dia 16 de Outubro na aldeia da Manhouce nas seguintes coordenadas:
40°49'23.89"N (latitude) e 8°12'51.58"W (longitude).

O percurso apresenta um grau de dificuldade médio, sendo recomendado para iniciantes ao “trekking”. No entanto, não se esqueçam de levar comida, água, impermeável, chapéu e calçado confortável.

Caso estejam interessados em participar mandem um e-mail de confirmação para evasaoverde@gmail.com.

Para obteres mais informação sobre o percurso clica aqui.

Curso de iniciação ao Montanhismo 11/10/2011


Para chegar mais longe e mais alto, de forma a usufruir ao máximo dos espaços naturais que nos circundam, é importante aprender com quem sabe ensinar, as melhores formas de explorar a paisagem.

O curso de Iniciação ao Montanhismo, a realizar pela loja Espaços Naturais entre 11 e 23 de Outubro de 2011, será uma óptima oportunidade para aprender alguns conceitos essenciais para efectuar actividades de montanha com mais qualidade e segurança, aproveitando ao máximo aquilo que natureza nos pode oferecer.

Convêm mencionar que a Espaços Naturais esta a oferecer um curso gratuito à primeira pessoa a inscrever-se na formação através do e-mail espacosnaturais@gmail.com.

Aproveitem a oportunidade!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

À descoberta do Neiva | Fotos

Desta vez fomos até ao distrito de Braga para descobrir as terras que se estendem nas imediações de Esposende. Esta tira de costa litoral portuguesa, no eixo Atlântico entre Vigo e o Porto, é rica em memórias.

Em terras baixas polvilhadas pelo casario disperso, revelador de um (des)ordenamento territorial português “tão típico”, percorremos as margens do Neiva, ao longo de dois trilhos interessantes (mas bastantes urbanos em algumas passagens), que permitiram descobrir antigos moinhos perdidos entre a vegetação.

Os caminhos empedrados sucederam-se entre estradas de pó e alcatrão que conduziram-nos até pequenos povoados rasgados pela auto-estrada. Entre a desorganização do território e algumas zonas descaracterizadas pela indústria e por obras arquitectónicas confusas, encontramos perdidos alguns elementos estéticos preciosos que nos transportam para outras épocas em que a força do rio gerava trabalho para preparar os tecidos e moer os cereais necessários para sustentar um povo.

Antigas pontes de pedra ladeadas por moinhos, caminhos antigos entre a vegetação, e ao longe o som surdo do oceano, o qual adivinhamos desde logo pela presença de fragrâncias que viajavam pelo ar de um dia quente de um Verão inesperado… em pleno Outono.

Depois de efectuarmos o trilho “Azenhas de Antas” seguimos para “Entre o Neiva e o Atlântico”, continuando de uma forma ininterrupta a caminhada pela margem esquerda do rio rumo à foz.

O Atlântico aguardava-nos com uma costa suave esculpida com dunas e pedras soltas alinhadas cuidadosamente na borda da praia. Depois de percorrermos uma extensa área dunar, regressamos a zonas agrícolas, que nos conduziram com as cores do entardecer à capela de Santa Tecla, lugar palco de procissões de domingo, de bailes, e da famosa performance da “Vaca de Fogo”, uma espécie de caixa pirotécnica em forma de vaca, que um homem coloca às costas e percorre alguma distância, com a "vaca" a disparar para todos os lados, "bichas de rabear" luminosas.

O rio Neiva, as praias, as azenhas, os castros, são motivos de interesse para explorar um concelho de Portugal rico em património construído pela mão humana que importa preservar, salvaguardando-o de uma urbanização desorganizada e inconsequente que oculta aspectos valiosos a descobrir… caminhando.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

À descoberta do Neiva 05/10/2011

Desta vez a Evasão será azul e verde.

No próximo dia 5 de Outubro de 2011 serão efectuados os trilhos “Azenhas de Antas” e “Entre o Neiva e o Atlântico” a realizar nas imediações de Esposende.

De manhã o trilho das “Azenhas de Antas” aguarda-nos com os seus 12,5 km de extensão e um itinerário rico em património etnográfico e natural.


De tarde percorreremos os 9,5 km de extensão do trilho “Entre o Neiva e o Atlântico”. Aqui contemplaremos o estuário do Rio Neiva e as espécies de fauna e flora que aí residem, as áreas de cultivo, o sistema dunar, a Capela de Santa Tecla e os engenhos de moagem e serração que se encontram adjacentes ao curso do Neiva.


A actividade será iniciada às 10:00 da manhã na Capela de Santa Tecla em Guilheta, no concelho de Esposende, nas seguintes coordenadas: 41°36'28.56"N (latitude) e 8°47'48.12"W (longitude).

Convêm realçar que estes percursos apresentam um grau de dificuldade baixo, sendo recomendados para iniciantes ao “trekking”. No entanto, não se esqueçam de levar comida, água, impermeável, chapéu e calçado confortável.

Caso estejam interessados em participar mandem um e-mail de confirmação para evasaoverde@gmail.com.

O Neiva e o Atlântico prometem um dia bem passado, com os reflexos verdes sobre as águas fluviais e os amarelos acastanhados da costa ao final da tarde sobre o oceano.