domingo, 9 de outubro de 2011

Rota de Manhouce 16/10/2011

No próximo dia 16 de Outubro de 2011 será efectuado o PR1 da rede de percursos pedestres de São Pedro do Sul designado por a “Rota de Manhouce”.

De acordo com o blog “Sozinho entre a Multidão”,

«… o percurso começa em Manhouce, aldeia situada em plena serra da Gralheira. Em tempos remotos esta serra era atravessada pela grande estrada romana que ligava Viseu ao Porto, situando-se sensivelmente a meio caminho, sendo um lugar obrigatório de passagem.

Na Ribeira de Manhouce passam duas pontes, uma romana com o seu típico arco em pedra, outra já do nosso tempo de betão. Cascatas a montante e a jusante, som da água a correr por todo o lado, e para acabar uma água límpida onde se vê o fundo.

O relevo nesta zona é acentuado o que faz a água passar por uma série de cascatas. E como em todas as zonas com água e desníveis, existem moinhos. A partir daqui é sempre a subir uma série de quilómetros, passando pela Quinta das Uchas, quinta restaurada, onde os seus telhados de xisto e paredes de pedra fazem com que se confundam com a paisagem, realçando os campos verdes à sua volta.

Próxima passagem por uma local chamado Alagoa, com um parque de merendas onde bétulas e castanheiros dão sombra ao local.

A próxima terra que se encontra é Gestozinho, e finalmente começa a descer. É o ponto mais alto do percurso e a vegetação é diferente do que no inicio. Nos terrenos já não existem tantas árvores mas mais vegetação rasteira, mais árida, típica de uma zona que se aproxima dos 1000 m. Mas existe muita água por aqui. Nestas zonas, uma espécie de relva bem cortada cobre o chão, as rochas estão praticamente cobertas de musgo, e passa-se pouco tempo sem ouvir água a correr e mesmo sem ser obrigado a molhar as botas, para continuar o caminho. (...)

Começa-se a descer em direcção a uma terra que o nome difere entre que está no folheto do percurso e o que está na carta militar (Bondança e Abundância, respectivamente). (...) Até a aldeia de Salgueiro, o percurso faz-se em grande parte por entre muros estreitos, por vezes com grande lajes, e uma ou outra ponte de pedra. Fazem-me lembrar caminhos romanos pelas suas dimensões. A água continua teimosamente a invadir o percurso, o que faz ouvir-se um chapinhar constante. Por entre muros, vacas castanhas de grandes chifres, típicas desta região, pastam lentamente e ao mínimo movimento o badalo que trazem ao pescoço avisa da sua presença.

Passo mais uma ponte de pedra, a montante um espelho de água e uma pequena cascata.
No Lagoal (...) encontro uma casa em pedra, desde o alpendre até a passagem para a casa ao lado pelo 1º andar. Infelizmente está abandonada. Mas todo o espírito do local está lá. Grandes blocos de pedra, degraus gastos pelo tempo, musgo a cobrir as pedras.

Uma curiosidade em Manhouce, terra onde começa e acaba o percurso: praticamente todas casas têm um nome, escrito sobre uma placa de xisto e colocada a porta ou portão. Também nas ruas, a tradicional pedra mármore branca com o seu nome, foi substituída pelo xisto e letras brancas.»

Motivados por estas palavras (gratos ao “Sozinho entre a Multidão”) marcamos a actividade para as 09:00 da manhã do dia 16 de Outubro na aldeia da Manhouce nas seguintes coordenadas:
40°49'23.89"N (latitude) e 8°12'51.58"W (longitude).

O percurso apresenta um grau de dificuldade médio, sendo recomendado para iniciantes ao “trekking”. No entanto, não se esqueçam de levar comida, água, impermeável, chapéu e calçado confortável.

Caso estejam interessados em participar mandem um e-mail de confirmação para evasaoverde@gmail.com.

Para obteres mais informação sobre o percurso clica aqui.

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